Probióticos

O que são, para que servem e como consumir?

Microrganismos vivos, que não causam doenças, agem justamente de forma contrária, trazendo benefícios à saúde

Foto: Divulgação - Além de serem considerados funcionais, esses alimentos são compostos por vitaminas e minerais importantes para nutrir o organismo, além de conter leveduras e bactérias boas que ajudam na manutenção da saúde, contribuindo para uma boa digestão e prevenção de doenças

Por Joana Bendjouya

Quando pensamos em bactérias, normalmente associamos a fatores negativos, mas nem todas são assim. Essenciais ao funcionamento do organismo humano, as bactérias do bem, como são chamados os probióticos, agem diretamente na microbiota intestinal, também conhecida como flora intestinal, proporcionando assim, diversos benefícios à saúde. De acordo com a nutricionista Radmila Mena, a ingestão desses microorganismos vivos auxilia no reequilíbrio e na proteção da barreira intestinal, além de contribuir para a redução de inflamações e prevenção de doenças. “Ao serem consumidos, eles atuam para evitar desde problemas gástricos até reduzir a incidência de candidíase nas mulheres. Quando a flora intestinal está desequilibrada, por exemplo, os probióticos entram em ação para que siga o bom funcionamento vital do organismo”, explica.

Apesar de atuar diretamente no sistema digestivo, os probióticos têm efeitos sistêmicos, ou seja, que proporcionam benefícios ao organismo de uma maneira geral. No caso da saúde feminina, quando associados a uma alimentação balanceada, favorecem o bem-estar intestinal, revertendo disfunções, até alterações de humor. “De 80% a 90% da serotonina é produzida no intestino e quando ele não está regulado, esta produção é reduzida. Além disso, a utilização desses microrganismos, previnem e diminuem a proliferação de fungos que tendem a migrar para a vagina”, explica Radmila.

Eles auxiliam também na defesa do trato urinário, diminuindo a proliferação de bactérias ruins, minimizamos a incidência de candidíase e infecção urinária recorrente e reduzem o aumento de fungos, que tendem a migrar para o estômago, evitamos assim, problemas gástricos.

De acordo com a nutricionista, a ingestão natural deve ser constante por meio da alimentação saudável. Já no caso da suplementação, deve ser indicada para corrigir ou repovoar a microbiota que por algum motivo sofreu algum tipo de dano. “A suplementação será recomendada apenas se a pessoa, após consulta com um profissional, apresentar sinais clínicos de real necessidade. Assim, o profissional prescreverá a quantidade, tempo, horário ideal para a situação”, alerta, ressaltando que mesmo sendo uma suplementação alimentar, não devem ser consumidos, nem adquirir sem orientação médica, pois podem causar risco à saúde.

O consumo regular ajuda na prevenção de doenças e na manutenção de um intestino saudável. Além do uso cotidiano, eles podem ser usados para situações específicas, como por exemplo; reduzir sintomas de diarreia em pacientes no tratamento de quimioterapia e radioterapia, para os que foram submetidos a cirurgia intestinal.

Benefícios
- Estímulo da imunidade
- Resistência do intestino aos patógenos (organismos que causam doenças)
- Equilíbrio intestinal após uso de antibióticos
- Alívio de constipação
- (prisão de ventre)
- Promoção da digestão da lactose em indivíduos intolerantes à lactose
- Aumento da absorção de minerais e produção de vitaminas.

Onde encontrar
- Leite fermentado, iogurte natural, kefir
- Alguns tipos de queijo, como cottage
- Chicória
- Bebida kombucha
- Pães com fermentação natural, aveia em flocos grossos que contém fibras, que são alimento para as bactérias do intestino
- Vinagre de maçã
- Chocolate 70% cacau
- Frutas como banana e biomassa de banana-verde

Crianças podem consumir?
A nutricionista explica que não existe um padrão que especifique idade e quantidade correta de administrar probióticos para crianças. O consumo irá variar da situação, idade e necessidade, podendo trazer vários benefícios, principalmente no tratamento de diarreia, cólicas intestinais intensas ou condições mais específicas, como no caso de doença inflamatória intestinal, por exemplo. “Não existem evidências que indiquem a suplementação de probióticos em crianças, especialmente porque não se conhecem os possíveis efeitos colaterais a longo prazo. Dessa forma, o recomendado é que a criança use apenas durante alguma situação em específico e com a orientação de um pediatra, que deverá indicar o tipo de probiótico mais adequado, assim como a dose. Mas não existe proibição e é possível incluir os probióticos de forma natural na alimentação da criança.”


Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

Conheça e saiba como tratar a doença marcada pelo acúmulo de gordura Anterior

Conheça e saiba como tratar a doença marcada pelo acúmulo de gordura

Saúde dos rins também é um alerta para outras doenças crônicas Próximo

Saúde dos rins também é um alerta para outras doenças crônicas

Deixe seu comentário